domingo, 8 de janeiro de 2012

Impotência

Às vezes, sinto uma ligeira mágoa, que se aloja algures entre o coração e a garganta, e que juntamente com a angústia me infestam a cabeça de pensamentos mais obscuros.. a sério que eu me sinto agradecida pelas oportunidades que tenho tido e pelas pessoas que amo e me amam e tenho guardadas dentro de mim... mas tenho dias em que estou cansada de ser eu, da luta constante, de não poder baixar os braços, de estar sucessivamente a lidar com as adversidades da vida pessoal e familiar, tentando que não interfiram com a vida académica, e a martirizar-me sempre que não consigo separar as águas... há dias em que me canso de ser sempre forte e compreensiva com tudo, e me irrito, porque se fosse eu não fazia as coisas assim, e porque os recursos nunca chegam para nada mas eu tenho de compreender... só que há coisas que não consigo, porque se eu pudesse decidir alguma coisa não era assim... depois há um constante reprimir de emoções, de afirmações, de exaltações, de palavras que se acumulam na ponta da minha língua aguçada, que nem sempre deixo sair cá para fora... para o campo de batalha, porque depois canso-me e esgoto-me, e depois já não vou conseguir fazer as trezentas mil coisas que tenho para fazer... e logo a seguir vem o sentimento que mais odeio, que parece um capítulo interminável na minha vida, o de impotência... A sério que se eu pudesse acelerar o tempo o fazia para poder ir trabalhar e sentir que estou a fazer algo de útil e significativo pelos outros, pela família... por mim.
A impotência num cenário forçosamente inalterável é perturbadora, silenciosamente dolorosa, como uma câmara de pânico onde gritamos e só se houve o silêncio imperturbável do nada... eu tento que os meus dias sejam recheados de pequenos desafios comigo mesma, para conseguir fazer isto, aquilo e o outro, e ainda negoceio de mim para mim, que se me portar bem ainda posso ler um bocadinho de um livro, espreitar um filme, ou um episódio de uma série... vou compensando as falhas com esforços maiores noutros dias e a coisa lá corre bem e depois, algures no meio dessa corrida, aparece um muro vindo do nada, e esbarro a 100 Km/h contra ele, e vem a dor, a revolta e a indignação... e quando nada mais se sente, permanece a impotência...

Às vezes, gostava de acreditar mais um bocadinho, sonhar mais um bocadinho e até sorrir mais, como se acreditasse que de facto as coisas vão melhorar.

Impotente mas em luta... porque em tempo de guerra não se limpam armas.

J.

8 comentários:

Anónimo disse...

Quanto mais eu vivo, mais eu percebo o impacto da atitude na vida. Ela é mais importante que o passado, que a educação, que o dinheiro, que as circunstâncias, que os fracassos, que os sucessos, e do que as outras pessoas pensam, dizem, ou fazem. Há quem faça tudo aquilo que pode... E dúvidas não há, a tua atitude é a mais correcta!

BC

Anónimo disse...

Pois agora preocupa-te mesmo - se tens 3 não gosto não são do teu hacker favorito, não.
Alguém que foi na onda
da brincadeira e postou 3 não gosto.
Miúda, o mundo espera de nós força, vida. os pais esperam que façamos tudo. é duro p kem não consegue
Se escreves o k te vai na alma corres o perigo de ver a tua vida devassada na net. Temcalma. Falei de ti a Teca e ela riu-se de tu achares que tens tantos hackers. Vaidosa. eu passei estes dias a marrar.
PV

Julieta disse...

PV que eu não sei quem és... não me preocupa, as minhas preocupações são outras, aliás este post refere-se a outros problemas bem maiores que me preocuoam, no entanto, como podes ver eu tento dizer o menos possível sobre eles, não partilho nada que não quero que se saiba, seria ingénuo da minha parte claramente. Quanto aos haters, eu achei caricata a situação e por isso falei nela, mas uma pessoa no mesmo computador não pode carregar 3 vezes no não gosto, cada IP só pode carregar uma vez, a segunda ele já não regista, daí dificilmente ser a mesma pessoa, mas se é anda a ter uma trabalheira desgraçada a ir a tantos computadores, alguns posts já têm 10 não gostos :p, não te preocupes que eu também não, e marrar tem sido o lema e será dos próximos dias certamente. Bom estudo.

Julieta disse...

Bom depois de alguns testes, percebi que ora dá ora não dá, não é de facto um serviço fiável :P who cares..

dreamzone disse...

O primeiro passo para que esse sentimento de impotência não te tolhe a capacidade de ser e fazer felizes os outros é o compreenderes que todos nós temos limitações, e que por vezes, por mais energia e convicção que tenhamos, há coisas inultrapassáveis. Aprender a lidar com isso de forma construtiva (este teu exercício de escrita é um bom exemplo) é uma primeira, mas importante, vitória. Felicidades.

Luis Malato disse...

Bem eu vou lendo os teus posts com calma como sabes. É naquela o que acho depois que deve ser discutido, discuto em pessoa :P. Agora o que continuo sem entender (e que me parece de facto algo estranho) é porque raios as pessoas continuam a ter tanto trabalho a elaborar comentários sem valor critico/construtivo. E ainda por cima nem fazem o favor de utilizar um corrector ortográfico, verificar a construção frásica, concordância de ideias, nexo e todo ou qualquer senso comum que se lhe possa apontar. Nisso já me escapa a semântica.

LM

Ups Afinal já tá identificado...

Anónimo disse...

E tu Luis, explica o sentido desta frase ". É naquela o que acho depois que deve ser discutido, discuto em pessoa ". Esqueceste o corretor da construção frásica? É naquela o quê? Falta-lhe a vírgula.Discuto em pessoa ou discuto com a pessoa, presencialmente.

Andam todos a falar para o umbigo!
Divirtam-se.

Julieta disse...

E que tal uma pista? A sério é que não chego lá...