quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Desabafos...


Mesmo quando tudo parece correr melhor, mesmo quando a vida parece começar a compor-se, há dores que ninguém carrega por nós, e há circunstâncias que nos enchem de tristeza... sinto uma saudade imensa de imensas coisas que já não voltam, e por vezes essa nostalgia pesa-me no corpo e apetece-me ficar parada e a contemplar o mundo sem me verem nele... Tenho sempre momentos destes, quando a vida me dá tempo para parar um pouco, olhar para trás e respirar fundo...há sempre uma lágrima que cai e outra que fica, lá no lugar da recordação... não ambiciono esquecer os momentos tristes, muitos deles fizeram de mim o que sou hoje, e gostem ou não é quem sou, e tenho orgulho na pessoa em que me tornei, porque sou fiel aos meus valores, contra todos os obstáculos, estou cansada de estar em guerra constantemente, mas é a minha guerra e irei levá-la até ao fim... e há tanta coisa importante que hoje valorizo, e que vejo constantemente as pessoas atirarem à rua como lixo... como pode esta sociedade comodista continuar a reclamar um direito que perdeu, no momento em que se acomodou em casa, porque o subsidio de desemprego é melhor do que trabalhar, porque recebe um rendimento daqui e outro de acolá e chamam nomes à segurança social porque agora até as contas do banco quer ver... eu também sofro injustiças todos os dias por parte desses serviços, mas tenho a consciência que se isso acontece agora, é porque à anos que os comodistas lixam o sistema!! E por isso eu farei a minha parte, independentemente de tudo o resto, e não me limitarei a ficar a ladrar às caravanas que passam...

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Laura Jansen - The End



We had a go
And worked it out
Until the bitter end

And I suppose
I should've known
What was waiting 'round the bend

I didn't know that kindness was fleeting
I didn't know that soft could go hard

I bet you wonder at the words in your mouth
I bet you wonder at the sound

We break the promise
And we take it back
We move in silence
This is the end, the end, the end

We try, we fail, we crawl
We let the pieces fall where they may
And the picture fades

So go on and break my heart
It's always been caught off guard
In the end, there is nothing left to say

And the secrets you keep under your tongue
Are turning two into no one


I bet you wonder at the words in your mouth
I bet you wonder at the sound

We break the promise
And we take it back
We move in silence
This is the end, the end, the end
This is the end, the end, the end

The plane falls,
and it goes on and on in circles, spinning round
Let it go, let it go
I can't take it with me, can't take it with you

We break the promise
And we take it back
We move in silence
This is the end, the end, the end

We break the promise
And we take it back
We move in silence
This is the end, the end, the end
This is the end, the end, the end
This is the end, the end, the end
This is the end, the end, the end

Beautiful...

Enganos e trocas de palavras

Emganamo-nos quando bebemos nas palavras dos outros o que há muito secou, e enganamo-nos mais uma vez quando lá voltamos e nos parece que algo mudou, e lemos ouvimos nas palavras dos outros aquilo que queríamos ouvir, e desiludimo-nos quando as palavras contrárias nos voltam a atingir. O significado das palavras é uma eterna rasteira na qual caímos inumeras vezes, porque não se vê, e porque às vezes cegamos a meio caminho...

...às vezes acho que já não entendo palavras... e que se deviam dizer menos e pensá-las mais.

Confused...



segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Primeiro sinto-me na obrigação de assinalar o facto de o contador marcar já mais de 1000 visitas, não sei bem como nem porquê, mas sejam boas ou más as razões porque vêm ao blog, agradeço a vinda, porque de alguma forma o que escrevo importa para alguém.

E como não poderia deixar de ser, tenho de deixar o meu comentário a este belo dia que tanta controvérsia causa, o dia de são Valentim, que varia desde o romantismo à discórdia entre casais, e entre a melancolia e a euforia em solteiros, consoante o resultado da noite :)!

A minha opinião acerca deste dia, é que de facto foi explorado pelo markting e é esmiuçado por todas as superficies comerciais e afins, tanto quanto poderia! No entanto, gostaria de relembrar a história original, e São Valentim, era um bom padre, que casava os jovens às escondidas, cujo amor era proíbido e isso é bonito... e o que penso, é que este dia é uma boa desculpa para o namorado fazer uma surpresa à namorada, e alguns dirão há eu faço isso ao longo do ano não é neste dia que... pois pois, isso será verdade no início, mas depois os anos passam e já nenhum dia é um bom dia para fazer uma surpresa, um mimo, algo diferente... O mesmo se aplica à namorada! O que eu acho é que as pessoas não se deviam deixar ludibriar pelos peluchinhos do dia dos namorados, ou o kit do amor, ou essas tretas a vender em todas as esquinas... este deveria ser o dia em que a pessoa pára e pensa "o que é que ele(a) gostaria mesmo, que o(a) faria sorrir", fazer algo personalizado, para que essa pessoa saiba, que nesse dia, no mundo inteiro é especial, porque mais ninguém recebeu uma prenda como aquela. Eu já senti isso e é maravilhoso. Este é o dia em que podemos ser um pouco mais lamechas, roçar o ridículo sem medo, perder o medo e dizer a alguém o quanto gostamos dessa pessoa, é um bom dia, para fazer alguém feliz.

P.S: Eu estou deitada na cama a escrever isto porque não tenho mais nada para fazer hoje, e por mais duas ou três razões até estou feliz :)

Happy Valentines Day

and night!

Make someone smile!


quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

"Quem não quiser sofrer que se isole.
Feche as portas da sua alma quanto possível à luz do convívio"
Fernando Pessoa

Li esta frase no blog da Fi, Purpurinas Rosa, e achei perfeita, para resumir alguns dos pensamentos que me têm passado pela mente... Sempre adorei Fernando Pessoa, porque encontro muitas semelhanças nas nossas linhas de pensamento. A nossa vida, como a dos outros, é um enigma, algumas pessoas revelam mais pistas que outras, mas a verdade é que na nossa demanda, podemos tentar prever tudo e calcular tudo, mas há algo que é de facto impossível de prever, os SENTIMENTOS... é que estragam qualquer algoritmo por mais bem estruturado que esteja. e aí se desfaz tudo, pois ao terrível imprevisto se precederam frases agora sem sentido, se tiveram acções que agora parecem desprovidas de razão, e põe-se a pessoa em causa porque diz que sentia e já não sente, porque queria e já não quer, porque fazia e já não quer fazer!! Mas e os sentimentos? E esses que não controlamos, que surgem sem aviso, que estragam a melhor das relações, interferem nas melhores amizades, e nos fazem colapsar para um turbilhão de dúvidas e incertezas... pois se os outros não percebem o que mudou, menos percebemos nós, porque o que lá estava já não está e já não sei se sinto o que digo ou se fale o que sinto... Quando faço uma retrospectiva da minha vida sentimental, e passo a redundância, os sentimentos é que estragam sempre tudo! Pois se eu sinto algo e deixo de sentir, o que faço a seguir? finjo que sinto? Digo que já não sinto? E depois sou horrível porque se não sinto então nunca senti... confunde-me este trocadilho de sentimentos que brincam connosco como marionetas, pois se não os controlamos, mas eles controlam a nossa vida, quem nos controla?? E por isso a única defesa que temos para não sentir, para não SOFRER, é não conviver de todo.... e ainda assim se instala um sentimento... a solidão!

A vida é complicada, e os sentimentos ainda mais....

Nada é imutável, ou inteiramente previsível, por isso, não ambicionemos certezas, se nós próprios não as podemos dar.